Os festejos juninos, uma
herança européia, tornaram-se uma grande referência da cultura popular
brasileira, principalmente para os nordestinos.
No nordeste o ponto
inicial se dá com a preparação do principal ingrediente dos pratos típicos das
festas juninas: o milho. As plantações devem acontecer em março, após o dia 19,
dia de São José, para colheita acontecer no período junino.
Em junho os festejos
começam, tradicionalmente, com as comemorações a Santo Antonio, no dia 12.
Costumeiramente realizam-se celebrações religiosas e simpatias para as meninas
descobrirem quem serão seus futuros maridos, já que o santo do dia é conhecido “casamenteiro”.
O ponto mais alto dos
festejos se dá em virtude da passagem do dia de São João, dia 24, quando as
famílias, amigos e a sociedade em geral celebram o nascimento do primo de Jesus Cristo, João Batista.
Os festejos encerram-se
com as comemorações do dia 29, dedicadas a São Pedro e São Paulo.
Todos os municípios
nordestinos comemoram as festividades
juninas, seja com grandes festas nas
ruas, os forrós pé-de-serra nos lugarejos ou com celebrações religiosas,
fogueiras, fogos de artifícios e as apetitosas comidas típicas. Não importa
como, mas as comemorações acontecem.
Os festejos
juninos locais
Como as demais localidades
do nordeste, Lagoa de Dentro também cumpre sua agenda cultural com as
comemorações dedicadas aos santos juninos. São celebrações religiosas comunitárias,
forró, apresentações de quadrilhas, fogos de artifícios, fogueiras e muita
comida típica, tudo regado ao mais excêntrico tempero junino nordestino.
O Município cumpre um calendário anual com
alguns eventos planejados pela Secretaria Municipal de Cultura a exemplo do Festival
de Quadrilhas da região, que já está na sua 22ª edição. Temos também o concurso de sanfoneiro e de forró,
além das apresentações das quadrilhas das
escolas municipais, estadual e privada, como também as quadrilhas dos programas
sociais mantidos pela Secretaria
Municipal de Ação Social. Nesse período o município de torna um
verdadeiro “arraia”.
Paralelo ao evento da
Secretaria da Cultura, as escolas realizam os seus “arraiás” em suas próprias
unidades de ensino. Assim como outras instituições, bem como as comunidades
rurais que acendem suas fogueiras no dia de São José, em março, passando pelas
comemorações no dia de Santo Antonio, São João, São Pedro, chegando ao final
dos festejos no tradicional sábado de Santana- último sábado do mês de julho.
No nordeste é assim, as
manifestações populares representam a diversidade cultural brasileira de
gênero, sem diferença da etnia, mista em religiosidade.
Comentários