Sempre
gostei de estudar. Minha mãe foi meu grande exemplo, sempre me incentivou,
herdei dela o gosto pela leitura. Sempre quis saber o que estava por trás das
aparências: o dentro das coisas (Chardin), aquilo que só descobrimos pela
investigação. Até meados dos meus 15 anos morei em Lagoa de Dentro (fui aluno
do Getúlio Vargas e do Ivan Bichara Sobreira). Nossa biblioteca pública sempre
foi uma das melhores da região, rica na literatura universal. Lá iniciei meus
primeiros contatos com os pensadores.
Entrei no Seminário Arquidiocesano
da Paraíba Imaculada Conceição, lá fiz propedêutico e conheci a Filosofia. Ao
final de um ano fui para UFPB cursar Filosofia. Aguçando ainda mais meu desejo
de saber e meu envolvimento com as letras. Lecionando História e Matemática em
escolas particulares comecei a aproveitar os anos de estudos em Lagoa de Dentro
e as inúmeras manhãs na biblioteca municipal lendo e resolvendo problemas de
matemática (minha paixão na adolescência). Nos anos de faculdade e ao mesmo
tempo lecionando, pude adquirir experiência de sala de aula, de contatos com os
alunos, sempre me fascinei pelo comportamento humano e os livros sempre me
ajudaram a entender e a viver melhor com as pessoas.
Meu maior tesouro, depois de minha
família, são meus livros. Olho para eles e vejo anos de história, de vidas
dedicadas ao saber, ao conhecimento, à investigação. Não tem preço ler os
clássicos: Platão, Aristóteles, Kant, Hegel, Nietzsche, e tantos outros, que
fazem de mim, pela leitura, um ser humano melhor, capaz de procurar entender os
limites e as potencialidades da condição humana. Que me faz hoje ser um
professor melhor, poder estar Secretário Adjunto de Educação da cidade onde
moro (Bayeux) e, perceber o quanto esses anos de leituras fazem a diferença na
minha prática cotidiana, seja como Secretário ou como Professor de Filosofia no
Ensino Médio do Estado (Fui convocado no concurso público há dois meses –
lecionei durante 12 anos na rede privada com História e Filosofia).
Os anos de Teologia, e agora de
Ciências das Religiões na UFPB (meu terceiro curso superior), onde redescubro a
academia e fico ainda mais inebriado por aquele ambiente de pesquisa, me ajudam
a sempre procurar ser um ser humano melhor. Entender que sucesso e conquistas
são atos segundos da existência, são meios e não fins. Nada se compara a um por
do sol, ou a uma noite estrelada, e mesmo há uma visão da serra (do Sítio Pé de Serra).
Hoje, mais que nunca percebo que o
fio condutor de nossas vidas é a felicidade. É perceber que somos únicos, cada
um com seu valor próprio. Seres que tendem a transcendência, que não podem e
nem devem ser escravizados por ninguém e por nada. Imagem e semelhança do
Criador, da Perfeição. É superar todas nossas limitações por meio do exercício
filosófico (assunto para outro texto), saído do senso comum, passando pelo bom
senso e culminando na consciência filosófica. Tudo isso com a simplicidade e a
humildade do cair de uma folha seca, que só cai pela permissão de Deus. Shalon!
Robertino Lopes.
Bacharel Licenciado em Filosofia pela UFPB; Especialista em Gestão Escolar e Criatividade (CINTEPPB); Teologia pela Escola Teológica Ministerial e Seminário Arquidiocesano da Paraíba Imaculada Conceição; Aluno de Licenciatura em Ciências das Religiões (UFPB); professor de Filosofia do Ensino Médio do Estado da Paraíba e atualmente Secretário Adjunto de Educação do município de Bayeux.
Bacharel Licenciado em Filosofia pela UFPB; Especialista em Gestão Escolar e Criatividade (CINTEPPB); Teologia pela Escola Teológica Ministerial e Seminário Arquidiocesano da Paraíba Imaculada Conceição; Aluno de Licenciatura em Ciências das Religiões (UFPB); professor de Filosofia do Ensino Médio do Estado da Paraíba e atualmente Secretário Adjunto de Educação do município de Bayeux.
Comentários
Lagoa de Dentro é sem dúvida um grande seleiro de cultura.