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Origem, Fé e Tradição - Lagoa de Dentro: Raízes do Brejo



A Rota Cultural Raízes do Brejo aportou no município de Lagoa de Dentro-PB entre os dias 27 e 29 de outubro do ano em curso.
Lançada em setembro deste ano a Rota Cultural Raízes do Brejo passa a integrar o calendário turístico e cultural da Paraíba, difundindo assim o potencial de cada um dos oito municípios que compõem a Rota na região do Brejo da Paraíba.
Um dos requisitos para compor a Rota é o município está no Mapa Turístico do Brasil. Lagoa de Dentro cumpriu com o seu dever de casa e em 2016 passou a fazer parte do Mapa.
Com um calendário de eventos programados para acontecer nos finais de semana de 7 de outubro a 25 de novembro nas cidades brejeiras de Belém, Alagoinha, Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Serra da Raiz, Borborema, Dona Inês e Pilõezinhos, o Raízes do Brejo se junta às cidades que fazem parte do Projeto Rota Cultural Caminhos do Frio para divulgar ainda mais a identidade turístico-cultural do Brejo paraibano. O Projeto Rota Cultural Raízes do Brejo é uma idealização do Fórum de Turismo do Brejo Paraibano, realizado pelos municípios integrantes e co-realizado pelo Governo do Estado da Paraíba numa parceria com a SECULT, SECOM, SETED, FUNESC, BANCO DO NORDESTE, PBTUR e MULTISERV
A Rota iniciou no município de Belém, Terra de Fé, Arte e Cultura, entre os dias 06 e 08 de outubro. O município se destaca pelas diversas manifestações da cultura popular os seus “folguedos, danças, expressões artísticas e festas populares, boi-de-reis, pastoril, ciranda, artesanato, carnaval, festas religiosas como o Natal e festa da Padroeira, a feira livre e, o maior evento cultural da atualidade no município: a festa de São Pedro. É de Belém o premiado ator brasileiro, José Dumont que participou de várias telenovelas, recebeu vários prêmios nos festivais de Gramado, de Brasília, de Havana, do Cinema Brasileiro de Miami, devido suas diversas atuações no Cinema Nacional.
Em seguida a Rota chegou na Terra da Cultura Popular e de Natureza na Serra do boi. Alagoinha, “Terra de abundância de barro vermelho”. Região habitada por índios Potiguaras, onde por volta do século XVI passavam contrabandistas franceses a procura do ouro na Serra da Copaoba. Arte, cultura e ecologia se misturaram entre os dias 13, 14 e 15 de outubro para mostrar todo o potencial do antigo lugarejo que surgira a partir da construção de uma casa, em 1864 às margens de uma lagoa, nela se hospedavam os tropeiros que se dirigiam para a grande feira de Mamanguape.
Alagoinha, então passou o bastão ao município de Duas Estradas, onde os Engenhos, a História e a Devoção chegaram pelos trilhos da antiga ferrovia e cruzou com a rodovia e deu origem as Duas Estradas, onde nos dias 20, 21 e 22 de outubro contaram através do ‘apito” do trem toda a trajetória da antiga Vila Costa surgida em 1903. Com a sua sede guardada pelo Cruzeiro de São Francisco a cidade de casario secular tem sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus instituída em 1919 na capela de mesmo nome. Música, dança, teatro, cinema e cachaça misturou o clássico e o popular, a memória e a cultura do povo duasestradense. Deixando os trilhos, a Raízes do Brejo partiu pela rodovia rumo à Lagoa de Dentro.
Com o tema “Origem, Fé e Tradição o município de Lagoa de Dentro viveu um final de semana intenso de resgate de sua cultura popular, mostrando o potencial turístico e a fé de um povo simples e hospitaleiro que constitui um pedaço do espaço geográfico paraibano.
O município é o quarto da sequência das oito, que em 2017 vem oportunizar a economia criativa do interior do estado. Com aproximadamente oito mil habitantes, Lagoa de Dentro tem sua história fincada no final do século XIX com uma trágica epidemia de cólera e uma seca que assolava a região. Viu a fé do seu povo se fortalecer no santo conhecido por sua fidelidade a Deus. São Sebastião aclamado a interceder por aquele povo humilde fez a fé aumentar no coração de cada morador daquele lugarejo que mais tarde daria origem a cidade que surgira a partir de uma mata.
A Origem, a Fé e a Tradição do povo guerreiro deste município que emancipou-se politicamente em 1961 é a saga de religião e história, da arte e da cultura que enriquece a culinária, que dar sabor ao jeito simples e humilde das pessoas que habitam os quatro cantos do município. Contando causos, pintando cenas, escrevendo estórias e histórias deste pedaço de chão que desponta no ranking estadual como um dos quatro maiores produtores de abacaxi.  
A Origem, como diz tão bem a letra do Hino Municipal: “[...] da Lagoa origem pura que surgiu na mata escura, ali floriu” [...] Passou o tempo, mas o povo deste sublime torrão continua simples, humilde e receptivo. Lagoa de Dentro é como uma mãe que sempre está aberta a acolher mais um(a). É assim com todas as pessoas que chegam e vão ficando, ficando até se tornar um(a) lagoadentrense de coração.
A é uma característica marcante. A devoção ao Santo padroeiro é um capítulo à parte da história desse povo humilde e guerreiro. Como relatado no Hino a São Sebastião a humildade do seu povo de quem há tão grande devoção é demonstrado no seu novenário que acontece de 11 a 20 de janeiro, sendo o dia 20 o ponto máximo da festa. As ruas da cidade se tomam de gente que demonstra sua fé na devoção ao Santo, por sua intercessão a Deus Pai pelas preces atendidas nos momentos de angústias, assim como aconteceu por volta dos anos de 1880 quando uma grande epidemia de cólera castigou a população dessa região. Além dos pedidos para fortalecer a fé e a esperança de no ano seguinte acompanhar os novenários em honra ao mártir Sebastião, soldado de Cristo que saiu da Itália para anunciar a Cristo no coração do mundo.
A tradição se faz nos registros orais, nas memórias escritas e vivenciadas por cada cidadão e cada cidadã que “representam tua história, tuas riquezas e tuas glórias”! É um povo que anseia por bravura nos recantos mais longínquos. Nas manifestações folclóricas, na cultura popular, na agricultura, na política, na educação... Educação que o lagoadentrense herdou de seus antepassados e cultivou ensinando aos que nestas terras chegam e são adotados que aprendem e apreendem os costumes, o jeito de ser e de viver daqueles(as) que não importam se são lagoadentrenses de berço ou de coração. Mas que aprendem a amar na Origem na Fé e na Tradição!    
Os(as) moradores(as), visitantes, turistas que passaram pela cidade puderam presenciar uma viagem pelas manifestações artísticoculturais que representam a origem, a fé e tradição da nossa gente.
A participação das escolas com os seus projetos de música, as mostras de danças junto à comunidade e aos(as) usuários(as) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, o resgate da Lapinha, do Boi de Reis, do Babau, o Maculelê, a Capoeira, Cordel, Poesia, Artes Plásticas, Fotografia, Memórias, Ecologia, Cavalgada, Gastronomia, Música, Fé ... tudo que representa a Origem, a Fé e a Tradição do povo lagoadentrense de gentílico plural e receptividade ímpar.
Deixando Lagoa de Dentro a Rota Cultural Raízes do Brejo sobe a serra para pousar na Serra da Raiz. Terra de antepassados indígenas onde ainda “no século XVIII com a concessão de sesmarias foi construída uma rústica indústria de beneficiamento e fiação de algodão (bolandeira), pelo senhor Bento José da Costa, um dos primeiros moradores da povoação. A construção favoreceu o desenvolvimento e crescimento do então povoado. Onde posteriormente foram construídas a Casa Grande, a Senzala, um curral e uma pequena Capela feita de taipa dedicada ao Senhor do Bonfim.” A Serra da Copaoba vai viver no primeiro final de semana de novembro a História e a Cultura com as suas clássicas orquestras, bandas, passeios ecológicos, esporte e lazer e muita gastronomia e ofertar aos visitantes a sua beleza no alto da serra.
O sexto destino da “Raízes do Brejo” será o município de Borborema, a Terra da Banana, Arte e Cultura.  O município que teve origem com a Vila de Camucá, viu em 1913, o trem chegar à região, ajudando a consolidar o povoamento, que se expandia graças à agricultura. Na década de 20 do século XX foi construída da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e em 1922, o senhor Antônio Nogueira, construiu a Capela de São Sebastião para concretizar a promessa de livrar o vilarejo da peste boubônica que atingia a cidade. A Capela de São Sebastião foi o primeiro monumento religioso de fundamento da fé cristã católica na cidade. Entre os dias 10, 11 e 12 de novembro o município que emancipou-se politicamente em 18 de Maio de 1959, mostrará à Paraíba a bela vista da natureza do brejo paraibano, além da torre da igreja matriz que pode ser vista de qualquer ponto da cidade, as ruas bem definidas, e as casas em estilo barroco, a exemplo da casa do fundador da cidade.
O final de semana compreendido pelos dias 17, 18 e 19 de novembro serão marcados pela estadia da Rota Raízes do Brejo na “Serra de Dona Inês”. Habitada nos seus primórdios pelas famílias dos senhores José Paulino da Costa, Pedro Teodoro da Silva e Pedro José Teixeira, quando se formaram os pequenos sítios e fazendas no início do século passado, segundo conta a história. Com um relato lendário de sua origem a Beleza, a Cultura e a Paixão do município serrano de clima agradável é um convite aos(as) visitantes e turistas para conhecer a comida típica, as bandas de músicas tradicionais, os sítios arqueológicos, as cachoeiras, o cordel, as pedreiras, a fé nos seus santos padroeiros, as manifestações folclóricas vivenciadas na feira livre e toda a paixão do povo inesense pela cultura brejeira.
Para encerrar a Rota Cultural Raízes do Brejo os municípios que integram a Rota conhecerão todo o Mistério do Pavão que habita as terras de Pilõezinhos de onde a Gastronomia e a Cultura com os seus fogos de artifícios fizeram o Brasil inteiro conhecer a história do Pavão Misterioso que inspirou a música e a teledramaturgia brasileira. A Terra da famosa galinha de capoeira já foi habitada por índios antes de ser colonizada pelos portugueses por volta de 1750. Da Vila de Vera Cruz ou da Santa Cruz intensificou-se a fé do povo no seu santo padroeiro, São Sebastião que na metade do século XIX intercedeu ao Pai pela população daquela Vila que havia visto metade de seu povo assolado por uma epidemia de cólera. No decorrer dos três dias Pilõezinhos vai mostrar a sua potencialidade cultural herdada dos povos Aratus, Cariris e Potiguaras sob as bênçãos de mártir Sã Sebastião.
E assim, a região do Brejo vivenciará os encantos e as paisagens naturais que inspiram a todos(as) que desejam viver novas experiências e divulgar as belezas da região mais aconchegante do torrão paraibano.
Venha ver. Venha viver as Raízes do Brejo na sua primeira edição que já convida para em 2018 cultivar as mais intensas histórias de cultura, memórias e artes do povo brejo.
   
Referências

As informações foram retiradas dos Portais Institucionais dos municípios e da página https://pt.wikipedia.org.


Por Aldaberon Vieira do Nascimento

aldaberonvn@hotmail.com



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