Estamos a comemorar mais um “sete de setembro”. Ou será a “Independência do Brasil”? Imbuídos de um “Grito de Independência”. Mas que independência? Refletidos por um “Independência ou morte”. Ou seria mais oportuno dizer “ou sorte”. A sorte de um dia ter um país independente, livre. Seria um sonho pensar assim ou uma utopia gritar em alto e bom tom para todos ouvirem: até que ponto somos independentes”?
Até amanhã? Até a próxima semana, o próximo mês, o próximo ano, a próxima eleição? Seria mais correto usar o verbo no presente ou no passado? Ou no futuro? Mas que futuro? O do presente?
Somos independentes, mas carregamos a cruz monopolizada de gerações passadas, pregadas com arpões ao invés de pregos que nos fincam ao mais profundo dos porões fluviais marcados pelos interesses particulares.
Não sabemos se os brasileiros estão comemorando o “sete de setembro” pela importância do fato histórico ou se estão curtindo apenas mais um feriado a lotar as praias, os bares, os shoppings. Afinal é uma ótima oportunidade para encontrar amigos, estourar o limite dos cartões de crédito, jogar lixo na areia da praia, aumentar o índice de acidentes nas estradas ou simplesmente ouvir os discursos dos nossos representantes políticos nos palanques disfarçados à angariar votos para as próximas eleições.
Salve, oh Brasil! Ou salve o Brasil? Nesta data mais do nunca é preciso olhar para a realidade da nossa educação, da saúde, da segurança pública, do meio ambiente. Não são os colarinhos brancos, as cuecas, as contas no exterior, o nepotismo, a troca de favores, a conveniência que dá para as gerações vindouras um país independente em todos os sentidos que a palavra apresente. Chega de hipocrisia, chega de demagogia. Salve o Brasil das garras felinas daqueles que tiram proveito de tudo. Como disse o poeta, “... Brasil mostra tua cara...”. Gritemos “Independência ou Morte” sem pedir sorte e sem olhar para morte. Afinal somos brasileiros e vale não desistir nunca.
Aldaberon Vieira
Aldaberon Vieira
Comentários
Nos demais espero que nesse feriado não seja você um daqueles que irão contribuir para mais um marco negativo nas porcentagens dos índices que tantos nos incomodam. Portanto aproveite bastante o feriado e a noite aproveite para sonhar com a cara desse novo Brasil que ainda não se desenhou para você. Abraços.
Professor Carlos Isaac.