Outro dia, divagando sobre como é bom ser mulher, deparei-me com uma certeza: que eis um dom divino.
Muito mais que poder se deliciar com um vasto arsenal propício às vaidades, ser mulher é poder experimentar todas as profusões de sentimentos, é poder estabelecer a ordem dentro do caos.
Buscando a sinonímia correta para expressar o que é ser mulher nos dias atuais, observei que o termo independente é o que melhor se encaixa, e, indubitavelmente vem sendo conquistado com muita propriedade pelos que diziam ser o sexo frágil, imagina se fôssemos o sexo forte!
Durante muitos séculos ser mulher era algo muito peculiar ao casamento, a procriação e ao zelo do seio familiar, nas Idades Antigas e Médias, a mulher era vista apenas como objeto necessário no que se diz respeito à efetivação da prole, a perpetuação das cadeias hereditárias.
Mas, o termo “independência feminina” não se resume apenas em: poder casar quando não se é mais virgem, ou simplesmente optar por não casar; apitar jogos de futebol masculino; ter o direito de votar; eleger-se em todas as esferas políticas, inclusive presidente do Brasil; beber cerveja; fazer a massa e construir casas; dirigir ônibus, caminhão; etc. Ser independente vai muito mais além que isso tudo, é poder sentir e enxergar com leveza e delicadeza, é ser feliz, é ter peculiaridades, é ser diferente, mesmo como quando se propõe ser igual.
Já dizia o poeta que existem poucas coisas mais intrigantes e fascinantes do que a alma feminina, é certo que cada mulher possui o seu jeito todo especial de ser, porém estamos de almas abertas, atenciosas, sempre disponíveis para sorrir, chorar, ajudar, abraçar, enfim, sempre disponíveis para viver.
Mulher também é sinônimo de força, e possui uma capacidade infindável de enfrentar dores, tristezas e decepções. Com toda delicadeza do mundo, sentamos e choramos, mas, com mais delicadeza ainda nos levantamos e continuamos de pé.
Infelizmente, nos dias atuais onde há a supremacia da modernidade, há mulheres que tentam ocultar e negar toda essência que lhe é permitida, e não percebem que ser independente, que ser igual, não está intrinsecamente ligado a fatos tais como queimar sutiãs, tomar anticoncepcionais, poder votar, etc., e sim o fato de que hoje somos livres para fazermos nossas próprias escolhas. Podemos casar, ter filhos, usar sutiã e não tomar pílulas, ainda assim, podemos ser mulheres independentes, por que a diferença está como vamos exercer tais funções. Viva o dom de podermos ser mães, de podermos trabalhar, de podermos fazer tudo que o sexo oposto faz, mesmo tendo alguns bilhões de neurônios a menos e ainda de salto alto.
Chegando ao fim desse texto, tenho a certeza que realmente somos seres divinos, projetados com carinho pelo pai criador, e que segundo Mário Quintana, não possuímos sexto sentido, possuímos sim comunicação direta com Deus.
Já lutamos, tivemos vidas ceifadas em nome da liberdade, crescemos, evoluímos, mudamos e continuamos a mudar a história do mundo, e pensar que outrora sequer podíamos sonhar com tal progresso.
Daniele Brito
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Maria Moureira.